Saturday, April 27, 2024
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Ambiente jurídico ganha impulso com digitalização, automação e robotização

A tecnologia tem permeado o mercado em todas as suas áreas. Na jurídica, não poderia ser diferente. As atividades dos escritórios no que diz respeito às ações jurídico-administrativas, ligadas diretamente à gestão do negócio, ganhou impulso com soluções mais rápidas e assertivas.

Conhecida como Advocacia 4.0, ou seja, que envolve digitalização, automação, robotização e principalmente, modernização do setor, o nicho vai se modernizando com ferramentas modernas e, segundo Celina Salomão, CEO da Forelegal, trata-se de uma realidade em ascensão. “À medida que a automação se integra de maneira mais marcante na vida do controller e em toda a operação da controladoria, bem como nos profissionais que atuam na gestão dessa área, conseguimos pôr fim às rotinas repetitivas do passado. Se antes tínhamos que lidar diariamente com dezenas ou até centenas de atividades manuais, hoje, contamos com robôs e fluxos de trabalho automatizados, operando de forma mecânica e ágil”, explica.

De acordo com a especialista, já existem plataformas capazes de automatizar uma ampla gama de atividades na rotina da Controladoria. Além disso, há modelos de atuação que estão disponíveis para as bancas que buscam se modernizar. O Legal Operations, por exemplo, entendido como uma área de operações jurídicas que alguns estudiosos consideram autônoma e completamente distinta da controladoria, é considerada uma extensão ou uma evolução da controladoria. “Ou seja, quando se aplicam tecnologias avançadas à controladoria, automatizando processos, os dados se tornam insumos estratégicos para gerar informações de forma mais ágil”, esclarece Salomão.

Para ela, isso está intimamente ligado ao conceito de plataformização, um enfoque que se adota tanto nas sociedades de advogados quanto nos departamentos jurídicos. “O Legal Operations é um modelo de negócios altamente estratégico, transformando todos os dados de um escritório da empresa em informações que facilitam a tomada de decisões rápidas”, explica.

Segundo a CEO, hoje já há um Business Intelligence (BI), uma tela com indicadores e análises que automaticamente apresentam informações sensíveis para a companhia ou para a gestão do escritório de advocacia. É um novo modelo de gestão, automatizando rotinas e transformando relatórios em informações e indicadores para auxiliar a companhia e o escritório a tomarem decisões mais ágeis e precisas.

Para a especialista, os modelos tecnológicos mais eficazes para a controladoria e o Legal Operations são os integráveis. “É bastante comum os ambientes jurídicos pensarem em tecnologia apenas como softwares de gestão, mas atualmente, o conceito de plataformização e a escolha de plataformas de inteligência que se alinham ao modelo da empresa fazem mais sentido”, diz.

Na prática, a CEO pontua que existem plataformas específicas e inteligentes para determinadas áreas, seja contencioso, gestão de contratos, governança, LGPD ou compliance. “É crucial entender que as plataformas de inteligência já possuem modelos tecnológicos que se adaptam melhor a essa nova realidade. Os benefícios são significativos, pois em vez de lidar com a limpeza e organização de dados em modelos tecnológicos ultrapassados, você pode aproveitar as plataformas de inteligência, Legal Ops e controladorias para automatizar tarefas e obter decisões mais eficazes com base em informações rápidas fornecidas pela plataforma, que entende e gerencia suas estruturas de dados, produzindo assim informações valiosas”, sustenta.

Salomão alerta que o ideal é que os escritórios façam uso de plataformas inteligentes especializadas em Legal Ops e controladoria, as quais automatizam suas operações diárias e facilitam a tomada de decisões mais assertivas, fornecendo informações rápidas por meio de sites automatizados. “A plataforma em si sinaliza as informações pertinentes, pois compreende a estrutura e a integridade de seus dados, resultando na geração eficiente de informações”, diz.

Neste cenário, a globalização não só necessita de tecnologias que agilizem os processos e colaborem na tomada de decisão, mas também é preciso ferramentas que atuem diretamente com o acesso as informações e a proteção de dados. O avanço das ameaças cibernéticas, exigem não só dos escritórios de advocacia, mas como um todo, atenção, e soluções de TI de ponta.

O advogado Walter Calza Neto, membro da Comissão de Inovação e Tecnologia da OABSP e das Comissões de LGPD e Políticas e Mídias Sociais do IASP, afirma que é essencial uma colaboração íntima entre o jurídico e o TI. “O cenário digital atual exige uma redefinição dos papéis tradicionais. Os advogados modernos, agora apelidados por alguns de “tech lawyers”, estão se capacitando em competências digitais, enquanto os profissionais de TI estão se familiarizando com os aspectos legais que moldam seu trabalho. A confluência dessas habilidades é uma resposta direta ao ritmo acelerado do mundo digital, onde decisões críticas, muitas vezes, precisam ser tomadas em questão de segundos”, avalia. Para Neto, a única constante é a mudança e “a colaboração entre o mundo do direito e da tecnologia será a chave para navegar com sucesso na era digital”, diz.

Outro exemplo desta novo panorama tecnológico no setor jurídico é a Lawtech, que une inteligência artificial e direito para otimizar processos extrajudiciais​. Com um investimento de R$ 5 milhões em tecnologia, o Sem Processo reforça seu comprometimento em reinventar a área jurídica. Trata-se de um investimento que vem rendendo grandes resultados, pois a ferramenta automatiza fluxos, disponibiliza robôs e dashboards personalizados com base nas métricas de cada projeto. O produto LawOp abrange várias frentes, desde a captura automatizada de novos processos até a automação de fluxos de levantamento de subsídios e cumprimento de obrigações, além da geração automatizada de documentos jurídicos.

Em um passo pioneiro na transformação do cenário jurídico e se mantendo aliado ao uso de inteligência artificial, o Sem Processo agora apresenta a plataforma Notificca + ChatGPT. Esta solução emprega a IA para otimizar o processo de envio de notificações extrajudiciais, reformulando a interação dos profissionais do direito com as demandas legais em questão de segundos.

Além disso, a empresa destaca seu compromisso com a inovação e eficiência ao introduzir o Spectter, um produto projetado para a geração de documentos jurídicos do zero, resumo e interpretação de textos, tudo isso integrado com inteligência artificial. “O Sem Processo está anunciando esses dois produtos, o Notificca + ChatGPT e a solução Spectter, que se propõe a fazer a confecção, análise e resumo de documentos, demonstrando seu compromisso contínuo com a vanguarda da tecnologia no setor jurídico. A empresa está liderando uma verdadeira revolução no mercado jurídico e está comprometida em continuar surpreendendo e simplificando a prática do direito no Brasil”, comenta Ana Beatriz, Co-CEO do Sem Processo.

Ana Beatriz, ressaltou as grandiosidades das novas soluções, descrevendo-as como um salto exponencial em eficiência no mundo jurídico. “A aplicação da inteligência artificial tem mudado a dinâmica das relações. O Sem Processo busca ser pioneiro em soluções que otimizem os fluxos de trabalho, permitindo que os advogados se concentrem em tarefas mais estratégicas”, compartilhou Ana.

Para fortalecer ainda mais sua posição na vanguarda do setor, a empresa investiu 5 milhões de reais no desenvolvimento das soluções Notificca + ChatGPT e Spectter. Este compromisso demonstra a dedicação contínua do Sem Processo à inovação e ao aprimoramento constante dos processos legais.

Para o ano que vem, a ideia é expandir as operações do Sem Processo, isso inclui a ampliação de sua plataforma de Legal Operations e o desenvolvimento de seu próprio software de gestão jurídica.

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