A RECICLI, startup que atua na reciclagem de resíduos eletroeletrônicos (REEE), está em rodada de investimento no valor de R$1.250.000,00. O recurso está sendo captado por meio da plataforma de equity crowdfunding Captable e o investimento mínimo é de R$1 mil. A campanha pode ser acessada aqui.
A RECICLI utilizará o montante para a fixação da sua equipe e contratação de novos profissionais para atuar no desenvolvimento da sua tecnologia. As operações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação se concentram hoje em Belo Horizonte. A startup buscará também a ampliação da sua estrutura empresarial (marketing, administração, comercial, TI e segurança digital) nos escritórios de Aracaju, Salvador e Belo Horizonte.
“Esse valor captado como investimento anjo representará um grande avanço para a modernização das nossas operações. Sabemos que esta conquista é parte do nosso amadurecimento como empresa, e que esse passo pode gerar um fluxo muito promissor, com novos investimentos, que nos permitirão chegar ainda mais longe”, destaca Paulo Pietrobon, CPO (Chief Project Officer) e um dos sócios da startup.
A modernização da operação prevê a implantação de uma nova linha de produção, com máquinas e equipamentos especiais, estrutura de armazenamento e etapas bem definidas para aumentar a eficiência do pré-processamento dos materiais. O objetivo é que a nova estrutura esteja pronta no mês de maio. Até agora, a manufatura reversa (pré-processamento) já permitiu a destinação adequada de 30 toneladas de equipamentos em três anos.
O plano de investimento também engloba a estruturação da REEETurn, startup criada e controlada pela RECICLI para centralizar suas operações de logística reversa e pré-processamento de resíduos eletrônicos. Para esta finalidade, está em fase final de validação uma plataforma digital que visa garantir o fluxo contínuo dos resíduos eletrônicos para a usina de reciclagem. Além da plataforma digital, a REEETurn promoverá melhorias na infraestrutura do seu galpão de armazenamento e pré-processamento, onde a desmontagem, separação e destinação dos resíduos eletrônicos passarão a contar com processos digitalizados, mecanização de etapas e ferramental mais moderno para elevação da produtividade.
O aporte de R$1,25 milhão faz parte da estratégia da empresa para ampliar a sua capacidade operacional. A startup quer abrir inicialmente três unidades de pré-processamento nas cidades de Belo Horizonte, Salvador e Aracaju, além de uma usina para o processamento de resíduos eletrônicos com pelo menos 40 colaboradores, em Belo Horizonte. A RECICLI tem como meta o processamento de 4,5 mil toneladas de resíduos eletrônicos por ano. O objetivo é que, com o aprimoramento da tecnologia, essa capacidade de processamento dobre a cada dois anos, e que novas unidades também sejam construídas. Para isso, em paralelo à rodada de investimento em andamento, a startup já mira uma nova captação, de R$20 milhões, em sua primeira rodada de Venture Capital, a fim de financiar a expansão da estrutura e das operações.
Até agora, a startup fundada em 2017 foi auto-financiada pelos seus sócios (bootstrap) e obteve também um pequeno investimento FF (Friends and Family) em abril de 2022. Desde agosto de 2022, os custos com operações e crescimento foram alcançados com projetos de desenvolvimento tecnológico, financiados por corporações transnacionais parceiras.
Sobre a RECICLI
A RECICLI faz a recuperação de metais nobres a partir de resíduos industriais complexos, com tecnologia própria e patenteada.Para escalar a sua cadeia de suprimento, a RECICLI criou uma nova startup (controlada por ela) para centralizar a logística reversa de eletrônicos: o que inclui as suas centrais de pré-processamento e uma plataforma digital para facilitar a sua conexão com pessoas físicas e jurídicas que queiram descartar seus resíduos eletrônicos.Além da sua atual estrutura de atuação direcionada à cadeia deresíduos eletroeletrônicos (REEE), a RECICLI conta com uma equipe técnica que tem adaptado sua tecnologia para outras cadeias industriais. Novas versões da sua tecnologia hoje apresentam excelentes resultados na reciclagem de baterias de carros elétricos, além da reciclagem de escória siderúrgica e de rejeito da mineração. A RECICLI foi incubada no Parque Tecnológico de Sergipe (SergipeTec), acelerada em duas rodadas pelo FIEMG Lab 4.0, e foi reconhecida em premiações como o Stellantis Venture Awards (Global Prize) 2023, o 100 Open Startups em 2023 (entre as 5 melhores startups de inovação para indústrias) e em 2022 (entre as 10 melhores startups de saneamento), e além disso, foi selecionada entre as 10 startups do Demo Day Braskem Labs 2022 e foi destaque no SEBRAE StartUp Nordeste 2022/2023 e Open Mind Academy edição 2023.