Monday, May 20, 2024
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Startup ensina Inteligência Artificial para catadores

A startup brasileira Katalisar, está alocando esforços no sentido de desenvolver uma metodologia para capacitar grupos vulneráveis a utilizar a Inteligência Artificial (IA) de forma inteligente e empreendedora. Segundo a empresa, a iniciativa tem o potencial de transformar a vida de cooperativas de reciclagem, agricultores familiares e pescadores artesanais, proporcionando autonomia e oportunidades sem precedentes.

A Inteligência Artificial é uma ferramenta que tem ganho cada vez mais espaço em todos os setores do mercado. Agilizando processos, evitando desperdícios, aumentando a produtividade, gerando assertividade, mas como é possível atingir pessoas que estão nos grupos de vulnerabilidade social com essa ferramenta?

A Katalisar resolveu responder esta questão. Por meio de uma metodologia própria, a startup capacita os participantes a utilizarem a IA para impulsionar suas atividades, promovendo a inclusão digital e ampliando as possibilidades em seus respectivos setores. O projeto, que começou com uma associação de catadores de Juiz de Fora em desenvolvimento, incluiu ensinar os associados a utilizarem IA ao seu favor, para catalisar crescimento e empoderamento, conta Marco Antônio Barros, Diretor Executivo da Katalisar.

Segundo o executivo, as diversas ferramentas já existentes, muitas de acesso gratuito, podem contribuir para que os grupos vulneráveis possam se desenvolver e ampliar suas áreas de atuação. “Muitos catadores, por exemplo, possuem dificuldades e limitações, como dificuldade de escrever um email, analisar um contrato, elaborar um projeto e, mais ainda, em produzir conteúdo para divulgar o trabalho realizado pela cooperativa. Com o uso adequado das ferramentas de IA existentes, essa lacuna pode ser diminuída e, com isso, desenvolver e empoderar esses grupos”, diz.

A metodologia utilizada pela startup é baseada na interação guiada entre os participantes e as ferramentas. Primeiro, é explicado quais são as limitações desses modelos de linguagem avançados, por exemplo seus vieses, sua alucinação em algumas respostas, o perigo de colocar informações sensíveis, entre outras coisas. Depois , as pessoas são estimuladas a interagirem com as ferramentas, como o ChatGPT da OpenAI e o Bard da Google, por meio de perguntas para suas dificuldades do dia a dia, respeitando o ritmo de cada um e suas limitações de aprendizagem”.

“Combinando a IA com técnicas amplamente difundidas, possibilitamos a educação empreendedora, a produção de conteúdo e a implementação de práticas de educação ambiental”, salienta Marcos.

A ação visa diminuir a exclusão digital, obstáculo que esses grupos enfrentam, privando-os do acesso às informações, ao conhecimento e às ferramentas tecnológicas essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional. Para a empresa, a IA emerge como uma ferramenta de transformação capaz de impactar positivamente diversas áreas da sociedade, mas também é fundamental garantir que a sua aplicação não aprofunde ainda mais as desigualdades já existentes.  A IA se mostra uma solução viável para superar essa lacuna, capacitando os indivíduos a compreenderem, utilizarem e se beneficiarem dessas tecnologias. Com programas de treinamento adaptados às necessidades específicas de cada grupo é possível desenvolver habilidades e conhecimentos, que potencializam seu trabalho e impulsionam o crescimento da Economia Circular em suas comunidades”, conclui Marcos.

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