A startup ESG Katalisar está fazendo história ao lançar um projeto voluntário inédito que visa capacitar grupos vulneráveis por meio da educação em inteligência artificial (IA). Com o objetivo de capacitar comunidades desfavorecidas, a Startup ESG Katalisar está ensinando o uso de ferramentas de IA proporcionando um avanço significativo nas oportunidades para estes grupos. A ação está sendo realizada em diversas localidades, com destaque para a Cooperativa Coopama, no Rio de Janeiro, a Associação de Catadores ARPA, em Manaus, e a Associação Anjos da Natureza, em Juiz de Fora.
Até o momento, o projeto já beneficiou um total de 35 catadores, fornecendo-lhes conhecimentos profundos sobre como utilizar ferramentas de IA para melhorar suas vidas e suas comunidades. A Katalisar está focada em fornecer o empoderamento desses grupos, capacitando-os para enfrentar desafios e criar oportunidades por meio da tecnologia.
Durante as sessões de treinamento, os participantes têm a oportunidade de aprender a usar ferramentas de geração e análise de texto, como ChatGPT e Bard, além de ter uma amostra de outras ferramentas de geração de imagem, como Midjourney, Dall-E e Stable Doodle. Essas habilidades capacitam os beneficiários a utilizarem a IA de maneira eficaz, abrindo caminhos para aprimorar a comunicação, coletando informações valiosas e criando estratégias para otimizar suas operações, incluindo o aprimoramento de vendas e a eficiência geral das associações e cooperativas de catadores.
“O projeto começou em uma associação de catadores de Juiz de Fora, onde basicamente ensinamos aos associados a utilizarem IA ao seu favor, para catalisar seu crescimento e empoderamento”, explica Marco Antônio Barros, Diretor Executivo da Katalisar.
Segundo Marco, as diversas ferramentas já existentes, muitas de acesso gratuito, podem contribuir para que pessoas mais vulneráveis possam se desenvolver e ampliar suas áreas de atuação. “Muitos catadores, por exemplo, possuem dificuldades e limitações, como dificuldade de escrever um e-mail, analisar um contrato, elaborar um projeto e, mais ainda, em produzir conteúdo para divulgar o trabalho realizado pela cooperativa. Com o uso adequado das ferramentas de IA existentes, essa lacuna pode ser diminuída e, com isso, desenvolver e empoderar esses grupos”, avalia.
A metodologia utilizada, segundo Marcos de Campos Cavalcanti Albuquerque, Diretor Operacional da Katalisar, é baseada na interação guiada entre os participantes e as ferramentas. “Primeiro explicamos quais são as limitações destes modelos de linguagem avançados, por exemplo seus vieses, sua alucinação em algumas respostas, o perigo de colocar informações sensíveis, entre outras coisas. Depois estimulamos as pessoas a interagirem com as ferramentas, como o ChatGPT da OpenAI e o Bard da Google, por meio de perguntas para suas dificuldades do dia a dia, respeitando o ritmo de cada um e suas limitações de aprendizagem”, pontua.
“Combinando a IA com técnicas amplamente difundidas, possibilitamos a educação empreendedora, a produção de conteúdo e a implementação de práticas de educação ambiental”, salienta Marcos.
Com essa ação, a Katalisar visa diminuir a exclusão digital, obstáculo que estes grupos enfrentam, privando-os do acesso às informações, ao conhecimento e às ferramentas tecnológicas essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional.
“Acreditamos que a IA pode ser uma aliada fundamental para os catadores de resíduos sólidos, auxiliando na melhoria de suas operações e no estabelecimento de conexões com compradores”, salienta Marcos. Este projeto pioneiro demonstra o compromisso da ESG Katalisar em criar um impacto positivo na sociedade, promovendo a inclusão digital e capacitando grupos marginalizados.