Considerada uma profissão promissora para os próximos anos, o trabalho desenvolvido pela perícia forense digital é essencial na solução de crimes ocorridos no ambiente virtual, como fraudes, roubo de dados, invasões, além de ocorrências no mundo real. De acordo com o relatório “Global DDoS Threat Intelligence”, conduzido pela empresa Netscout, foram registradas mais de 285 mil tentativas de ataques no segundo semestre do ano passado no Brasil. Diante deste cenário e com o aumento de informações sendo compartilhadas no ambiente virtual, o ramo de Forense Digital tem papel definitivo na contribuição da investigação de crimes cibernéticos.
“É uma área que está em expansão e com possibilidades de atuação em diversos setores. O especialista em forense digital pode atuar em empresas privadas, escritórios de advocacia, consultoria de fraude e compliance, em ambientes de governo e forças de lei”, afirma Ana Moura, Coordenadora Técnica da Pós-graduação de Forense Digital e Investigação Cibernética, no Instituto Daryus de Ensino Superior Paulista (IDESP).
O salário da categoria varia de R$ 8 mil para os iniciantes e pode chegar a R$ 35 mil (referência do salário de perito da polícia federal), mas pode ter alterações dependendo do ramo de atuação, do caso investigado e experiência do profissional. Entre as responsabilidades deste profissional, está a coleta de vestígios digitais em locais de crime, a preservação das evidências, análise do material em laboratório e a elaboração de relatórios.
Esse procedimento é realizado para identificar se os dados coletados possuem algum vínculo com o caso que está sendo investigado. “Para desempenhar a função de analista forense digital, é fundamental ter curiosidade, senso analítico, foco nos detalhes, determinação e resiliência. A rotina é muito exigente e fundamentada em procedimentos e regulamentações nacionais e internacionais”, ressalta Ana.
É necessária uma sólida base em tecnologia para trabalhar no ramo de Forense Digital. Além disso, ter pós-graduação e certificações na área contribui para o desenvolvimento técnico e teórico do profissional. “É uma atividade que está em constante atualização, por isso é importante buscar capacitação e entender as ferramentas que estão sendo utilizadas no tratamento dos incidentes em todo o mundo”, pontua Nadia Guimarães, Sócia-Diretora de Operações e Diretora Acadêmica do IDESP.