Projeto permite que deficiente visual acompanhe jogos de futebol

Estima-se que no Brasil existam cerca de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual. Apesar disso, a sociedade ainda não está pronta para atendê-los em suas necessidades cotidianas, como nas ruas, escolas e nos prédios públicos, entre outros espaços, nem para inseri-los em atividades de lazer, como acompanhar uma partida de futebol, por exemplo. 

Pensando em amenizar esse cenário, os alunos de Engenharia de Computação, Gabriel Belapetravicius Dias e Raphael Gueleri Kalaes, ambos formandos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), criaram o Sensigol, projeto que tem como objetivos criar, projetar, implementar e testar uma tecnologia assistiva, baseada em motores de vibração, que proporciona aos deficientes visuais a possibilidade de acompanhar jogos de futebol de maneira mais inclusiva, clara e personalizada. 

“O projeto oferece uma experiência sensorial única ao traduzir a posição da bola no campo em vibrações tangíveis. Isso permite que as pessoas com deficiência visual compreendam melhor o jogo e participem de discussões e interações relativas ao futebol. Além de tornar o esporte mais acessível, o projeto pode ser uma ferramenta educativa valiosa, auxiliando na compreensão de estratégias de jogo, táticas e posicionamento dos jogadores. Isso pode ser especialmente útil em contextos de ensino e treinamento esportivo”, afirma Dias. 

Colocar o sistema Sensigol num setor de um estádio de futebol seria uma oportunidade, criando, assim, uma área exclusiva para deficientes visuais, com equipamentos de áudio e informações adaptadas para que possam acompanhar os jogos de futebol com mais facilidade e compreensão.

Além disso, como se trata de uma tecnologia de baixo custo, torna-se viável sua disponibilização à comunidade de deficientes visuais para que consigam acompanhar aos jogos de futebol em casa, podendo usufruir das partidas sem maiores deslocamentos.